sábado, dezembro 18, 2010

Amor storge



Lendo o post no facebook de um conhecido , no dia do seu aniversário. Não pude deixa de reparar, que na mensagem abaixo da minha alguém parabenizava o aniversariante desejando os votos costumeiros como, felicidade, saúde, paz , amor , dinheiro e etc.... E que teve como resposta não só o agradecimento pela mensagem , mas a seguinte frase : “ Espero que me deseje muitos amigos também...”
A princípio fiquei comovido com a frase que acabara de ler e quase ligo para o sujeito e ofereço minha amizade . E pensei : “Como deve ser triste a vida sem amigos.” , pois não posso viver sem eles e deixar de estar com eles. Ficaria sem chão se não pudesse contar , chorar ,  rir e  não partilhar minha vida com eles , meus amigos, que são também minha família .
E também não pude deixar de pensar o por que de meu conhecido de longas datas não tinha amigo , foi quando numa simples recordação percebo que embora ele seja receptivo com os outros e obviamente educado , sempre há uma barreira invisível e talvez intransponível que não deixa que os outros se aproximem e tornem- se seus amigos. Pois para quem tem verdadeiros amigos sabe que essa relação não nasce assim por um simples aproximação ou pelo desejo e sim é construída através da confiança, aceitação , intimidade , lealdade e amor , colocando muitas vezes o interesse do outro na frente dos seus.
         Assim ao invés de apenas desejar ter amigos , meu caro conhecido comece a refletir e praticar atos generosos e doação para com outros , largue comportamentos egoísticos e participe verdadeiramente da vida da outro compartilhe e da sua com o outro , aprenda meu caro conhecido o quem sabe releia o dialogo para alguns hoje clichê entre a raposa e o Pequeno Príncipe , “... és responsável por quem cativas...” (Saint Exupéry).    
Poderia citar inúmeras frases , fórmulas e dicas para que você consiga meu conhecido ter amigos , que não iria adiantar , embora você tenha boa vontade para com o outro você não sinta o amor verdadeiro das amizades que tudo tudo suportam, tudo esperam, tudo creem e tudo perdoam e tudo aceitam. Ou como diz o psicólogo Carl Rogers : “...é a aceitação de cada um como realmente ele é". E assim você possa descobrir o elo incomensurável de uma verdadeira amizade.

terça-feira, outubro 26, 2010

Gaiola aberta



Não há pior descoberta do que saber que as algemas que nos seguram foram colocadas por nós mesmos. É duro reconhecer que a nossa prisão incorre ao lado da conformidade ou da satisfação  a  família, amigos, parceiro , filhos e a sociedade com seus preceitos e condições ,ao invés da devida atenção ao nosso próprio e único chamado.
Embora possa ser criticada pelo mais perseverantes , posso dizer que as pessoas na sua grande maioria escolhem o caminho mais fácil  para entrar e na maioria das vezes o mais difícil de sair , pela gaiola ou cerco criado por elas, através de fracassos , frustrações e decepções ocorridas durante o percurso, que talvez não fossem diferente , caso seguissem a trilha deles mesmos, embora menos doloroso e verdadeiro.
Inerente ao ser humano criar sua redoma , ou sua prisão  dominada pelo medo que paralisa em  descobrir ou brigar pelo novo ou pelo que realmente se quer . Inventam -se desculpas para adiar projetos , falta de tempo deixam ele passar e quando no mais culpam a  "injusta" vida , ainda que poucos assumam sua covardia e admitam que  a falta de zelo e atenção na em nossa própria vontade  e reais anseios , que são os reais motivos que não deixam caminhar e ultrapassar a porta da gaiola que sempre esteve e estará escancarada.

" Vivemos em gaiolas com as portas escancaradas" - Autor desconhecido.
.Dica de Livro :Tem Noturno para Lisboa - Pascal Mercier  muito a ver com tema falado para quem se interessa ou queira passar pela sua  porta.

sexta-feira, outubro 01, 2010

Trave no olho

Há muitos anos ouvi essa frase da minha avó materna , aliás ouvia muitas frases dessa sábia mulher. Algumas demorei anos para decifrar e outras até hoje ainda tenho dúvidas sobre o seu real significado , mas posso dizer que uma das frases que me marcaram foi a seguinte :


“ Não importa quantas vezes caímos ; mas quantas vezes nos levantamos” ,

Não vamos deixar nunca d passar por problemas, fracassos e obstáculos na vida, o difícil é saber superá-los quando ocorrem, é inevitável que você caíra na vida , seja pobre , rico , famoso , anônimo , o tombo não perdoa ninguém. E a vida na verdade é uma corrida de obstáculos.

Ouço pessoas comparando o seu problema e adversidades na vida com o dos outros , afirmando com veemência que se tivessem o problema do fulano de tal não estariam sofrendo tanto quanto ele ou já teria saído dessa . É fácil falar , o difícil e estar dentro do problema do outro e conseguir gerenciar ele . Já pensou em trocar de vida e de problemas com o outro , garanto que você nunca mais vai sair dizendo por aí que resolveria a vida dos outros em cinco minutos e muito menos compararia com os seus .É como o slogan da cartomante que diz : “Trago a pessoa amada em três dias.” Você já se perguntou por quanto ela vai ficar? Isso se a pessoa vier. Além de saber quanto ela vai ficar. E se vai suportar sua presença.

O importante é como dizia minha avó é saber lidar com os contratempos e não charfudar na infelicidade , colocando o desânimo de lado ou melhor canalize esse desânimo em prol de superar os obstáculos ou a fim de superá-los.

Existe inclusive uma crença em que diz que superar o sofrimento e a dor por conta própria pode ser autogratificante. Os fortes caem como qualquer um, mas eles sempre se levantam. Não tente tirar o cisco do olho do outro enquanto você não tirar a trave no seu próprio olho.

NEM TUDO É MENTIRA.

sábado, setembro 25, 2010

Íntimos?

A facilidade com que os laços nas relações  se desmancham , logo nas primeiras adversidades,  ao invés de se transformarem em nós , me fez pensar que a busca desenfreada em satisfazer desejos imediatos , forçando uma intimidade que não existe , só por que tem os mesmos gostos musicais e culinários , gostam da família um do outro , satisfazem os instintos sexuais , entre outras coisas  não significa dizer que estamos tendo intimidade com o outro , estamos sim deixando o outro partilhar de sua vida privada ou seja da sua privacidade.
Como a intimidade não se externa e muito menos se divulga , pelo contrário e nela é que guardamos nossas dores autênticas e os nossos mistérios . E isso só é realmente compartilhado com quem realmente ouve , entende e aceita o outro , criando entre o casal um pacto sublime o da cumplicidade , pelo olhar de enxergar a alma do outro , ao invés de querer saber para onde ele está olhando .
               Na  maioria das relações de hoje isso não acontecem detonam-se frustrações entre as pessoas que partilham um teto , uma vida , para dizer que estão acompanhadas quando na verdade estão mais sozinhas do que nunca.
Não quero dizer que entrar na intimidade do outro vai dar fim a brigas , ciúmes e picuinhas de casal , mas com certeza na relação não existirá um breve laço , mas um nó forte e mais difícil de ser desamarrado e sem contar que habitar também o mundo do outro , nos faz sentir mais à vontade e com isso transbordar no encanto e no quem sabe pra sempre.

sexta-feira, setembro 03, 2010

Carisma eu ?

Eu e um amigo assistíamos o horário eleitoral quando ele soltou a frase : " Que candidatos sem carisma." Não pude deixar de concordar com que ouvi , pois se paramos para analisar o tucano José Serra , que há anos no cenário político e não consegue angariar a simpatia do povo brasileiro , o que aliás essa característica : simpático , nunca esteve nem estará em suas virtudes.Aliás sua antipatia é quase um defeito.
 O mesmo podemos falar da candidata petista  : Dilma Roussef , apesar da transformação que os marqueteiros lhe fizeram , utilizando o que há de melhor no que diz respeito a medicina estética e um bom trato no guarda roupa , numa tentativa de suavizar a figura bruta  da ex guerrilheira e ministra e lhe dando um ar mais feminino, talvez no estilo : Dilminha Paz e Amor. A mesma ainda perde no quesito carisma , ainda que bem amparada pelo nosso carismático Presidente Lula , que esconde o " defeito" da sua candidata em sua barba , conseguindo que no próximo pleito a candidata vença as eleições e nós povo brasileiro veremos pela primeira vez na história desse país ou melhor nunca antes na história deste país, elegemos um presidente da república sem carisma. Mas como tudo na vida tem uma primeira vez , que vença o melhor .
Nem tudo é mentira

sábado, agosto 21, 2010

Pujante Copacabana

Moro num bairro que uma só crônica é pouco para descrever sobre ele e devo dizer que sobre este bairro já se falaram de tudo através de letras de canções, contos, crônicas , poemas , filmes e todos os tipo de homenagem que possam ter sido feitas a este intrigante lugar que é apelidado carinhosamente pelo compositor Braguinha de Princesinha do Mar : Copacabana .



Na verdade hoje ela não é mais a princesinha , que há muito foi palco de elegância , glamour até sofrer nos anos 60 com especulação imobiliária , refletida nos 150.000.00 habitantes do local , dentre eles a maior população idosa do país , misturado a diversas classes sociais e dosada ao submundo carioca (prostitutas, travestis, michês , traficantes) que também aqui residem, diversificando o local que também é um atrativo para estrangeiros de todos os lugares do mundo. Provavelmente deve estar dentro um dos bairros mais democráticos do mundo, tamanha diversidade.


Não pode-se negar que essa super população, traz uma multidão diária de transeuntes, carros e transportes públicos aglomeram e engarrafam as ruas do bairro, principalmente a Avenida Nossa Senhora de Copacabana. O que deve fazer muita gente pensar que de princesa o bairro não tem nada e mais parece sim com a bruxa má das histórias infantis.


Felizmente não é bem assim , quando se é compensado com um simples passeio pelo calçadão , ornado pelas pedras portuguesas com desenhos de onda da praia e depois lanchar na tradicional Confeitaria Colombo , localizada dentro do Forte de Copacabana ou Museu Nacional do exército e deliciar-se com a mais bela vista da cidade , com toda certeza.


Além do que o Bairro na sua diversificação oferece lugares bucólicos como a pracinha do Bairro Peixoto e parece um oásis da paz dentro do turbulento bairro , que tem perto as melhores e quem tem mais raros cds e dvds de música do Brasil, colado com uma das melhores sorveterias da cidade uma verdadeira gelateria como diria os italianos.


Outro lugar desconhecido e tão tranqüilo quanto é o parque da Chacrinha , um espaço incrível para uma boa caminhada junto ao verde com uma enorme área de Mata Atlântica, que restou no bairro , que dá para fazer um ecoturismo no tumultuado bairro , sem ouvir um só barulho de carro ou de pessoas.


Sem citar ainda as descoberta de lojas e lugares que vendem e consome tudo o que se possa imaginar , que faz o morador do bairro não precisar se deslocar para nenhum lugar da cidade para adquirir ou vender quaisquer coisa . Como a também a diversificação de bons lugares para comer , dentre eles um cativante e tradicional e para a cronista o melhor restaurante japonês da cidade , escondido como se fosse um dos inferninhos do bairro e localizado vamos dizer assim no ponto G , da “baixa Copacabana”. Próximo dali junta-se também não longe do meretrício ou melhor hoje na praça do “meretrício” Lido um delicioso árabe. Sem contar com os diversos e famosos botequins que constam não só na lista do famoso livro Rio Botequim , mas como no gosto popular e conhecidos por seus belisquetes e cerveja gelada , onde o garçom te serve sem nenhum tipo de distinção , tratando democraticamente a todos que lhe se encontram e misturam-se como o próprio bairro , considerado para a cronista um dos mais belos , cosmopolita e pujante da cidade, Copacabana.

sábado, agosto 14, 2010

O humor no mau humor







Confesso que tenho atração para algumas bizarrices humanas , uma delas são as pessoas ranzinzas e mau humoradas. Essas que a maiorias quer sair de perto , diferente de mim que me divirto com o ataques de cólera que tem essas criaturas , na sua maioria , por motivos fúteis.

Lembro minha época de colégio , onde uma colega de classe irritava-se até mesmo com a ponta do lápis quebrava no meio do teste de matemática e a coisa piorava quando ela não encontrava o apontador do lápis , que havia emprestado para alguém que não havia devolvido. E ela tentava desesperadamente achar alguém que usava apontador ,mas as únicas pessoas do seu restrito círculo de amigos usava lapiseira. Era “o começo do fim”, para que a garota tivesse um ataque de raiva e seu rosto avermelhasse e seu olhos ficassem vidrados e os resmungos antes inaudíveis, aumentassem de volume e todos ouvissem as frases bizarras pronunciadas pela menina , horrorizando a classe e para minha diversão, percebida por todos e principalmente pela colega emburrada e diferente do que possam pensar não tinha nada contra mim , pelo contrário em outros momentos eu era até mesmo era sua confidente. E mais, acredito que ela sabia que sua rabugice me divertia ou pelo menos ela tinha a intenção de divertir alguém.

Especialistas, terapeutas , médicos e até esmo leigos tentam explicar esse “fenômeno” do mau humor , uns dizem que é uma forma de defesa contra timidez , outros dizem que é uma leve depressão em que o mau humorado não consegue sentir prazer me nada e sempre acha que algo ruim vai acontecer com ele. Além de apelidarem o “ jeito mal humorado de ser” de distimia ou seja um transtorno crônico de humor depressivo, mais um dos casos de psiquiatrização da vida cotidiana , que já foi tema de crônica passada neste blog. O que na minha opinião de liga não passam de balelas, pois cada um nasce para o que é.

E mais , ninguém tira da minha cabeça que o mau humorado é um pândego e exibicionista , pois alguém que consegue de forma tão natural explanar seu descontentamento e sua raiva não pode querer passar em branco perante os outros , na minha visão elas querem mesmo é aparecer pois quando por motivos fúteis se encoleram , sempre tendo um espectador que pode estar assustado , horrorizado , incrédulo ou no meu caso um espectador divertindo-se com as frases ditas pelos comediantes do mau humor , vejam se não tenho razão com as últimas que ouvi por aí :

“Tou matando surdo a grito!”

“Dor de cabeça e dor de estômago. O domingo pode começar de novo.”

“Vc sabe como faz pra deletar varias partes do meu dia.”

“Já estou no terceiro dia de mau humor, hoje, superando qualquer expectativa, atingi níveis astronômicos. Tou o cão. Tudo que podia dar errado deu.

Se você analisar com carinho tenho certeza que vai concordar comigo e também achar humor no mau humor , não esqueça que qualquer um pode se zangar é como diz o filósofo Aristóteles : “Qualquer um pode zangar-se. Isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo, e da maneira certa, não e fácil."

sexta-feira, julho 30, 2010

A PROCURA OU O ENCONTRO ?








Em algum momento nos perguntemos qual é a fase mais difícil se é a procura ou o encontro ? Questões muitas vezes difíceis, se o primeiro objetivo é o simples achar. E quando o encontramos, nos realizamos, sem pensar que mas o pior esteja por vir : o primeiro encontro , no caso aqui talvez seja o décimo ou centésimo. Desencontrado, encontro, onde ambos já se achavam encontrados com outros .

O achado se deu próximo ao Jardim Botânico, lugar mais bucólico , não havia. Aconteceu pelo furtivo atraso , provocado talvez pelo destino do parceiro dela. Curioso de conhecer a loira bonita , que simpática , dava gostosas gargalhadas, acompanhada de sua caipiroska de lima, que embora não percebesse insinuava-se sutilmente aquele estranho que ouvira falar e que cumprimentava na repartição, por simples educação. Atiçado pela curiosidade masculina de já conhecer as intimidades , reveladas pelo amigo indiscreto que em conversas de bar contava seus contava com orgulho suas conquistas amorosas e as colocava no peito com uma medalha de honra ao mérito.

Encantado brotou um sentimento estranho no seu peito, não sabia não entendia se paixão, tesão, amizade. Escolheu a última como forma de se aproximar. Ela disfarçava as atenções voltadas, tais gentilezas, cultivavam a sua vaidade. Sentia o chão de seu namoro ruir, já que este nunca foi realmente sólido. Sabendo que a paixão estava com seus dias contados e esse não era o relacionamento que procurava. Mas o que fazer se ela estava viciadas em paixões, podia-se dizer que nos últimos tempos tentava racionaliza-las, mas sempre cometia os mesmos erros , mas sempre na tentativa de conseguir sair do vício.

Já era tempo , dois casamentos , duas filhas maduras, namoros furtivos, mas era fácil a procura o difícil era o encontro.

Ele também desencontrado de um casamento após longo namoro juvenil, filhos adolescentes, investia em casos , fadados ao fracasso. Tentava compreender e encatava-se com as contradições dela. E não entendia realmente seus sentimentos. Pares tão diferentes, será que poderia dar certo. Por que, não ? Cansado de racionalizar sentimentos buscou através de pequenas coisas conquistá-la. Fazendo-se presente na ceia natalina e churrascos de amigos dela. Pensando em ser esperto fez amizades com os amigos dela aproximou-se dos parentes cativou , como se viu cativado.

Confusa com a calmaria , que seus sentimentos fluiam , aceitou ir ao cinema numa bela tarde de sábado, após um filme que ninguém se lembra o nome e depois resolveram beber algo no forte de Copacabana com todo seu cenário , que até hoje perpetua seu encontro.

Envolvidos com filhos dela , dele , que hoje faz parte dizer “os meus , os seus , os nossos.” O medo , conflito e breves indecisões demoraram a encorajar ao casal assumir , o que é realmente mais difícil do que a procura , o verdadeiro encontro. O encontro verdadeiro da amizade, cumplicidade, paixão e do amor.

quarta-feira, julho 28, 2010

Minha primeira 1/2 vez

No último dia dezoito de julho completei a linha de chegada da Meia Maratona ou para os leigos cheguei ao fim de uma corrida de 21 Km e posso dizer que senti o que sempre ouvi falar dos corredores profissionais quando completam a prova o estado de êxtase ou melhor um estado prazeroso de imersão absoluta de alguém que testou seus próprios limites. Deixo claro que não sou atleta e nem tenho idade e nem intenção disso, pelo contrário tenho uma vida nada regrada, ritmo pesado de trabalho , assim como o meu peso , vida social agitada,agora não tão intensa , mais sempre regado a álcool , sofri de asma durante a infância e agora não mais fumante , larguei o vicío muito em função das minhas corridas e diante de todas essas adversidades posso dizer que completar a prova na cidade maravilhosa não teve preço.


Posso falar que durante dias ouvi os passos dos corredores misturados as ondas do mar no elevado do Joá , onde antes só tinha passado de carro para mim foi o momento mais emocionante da maratona , além das palmas dos corredores dentro dos túneis atravessados só me fizeram ter certeza que iria conseguir completar o percurso.

Na prova tive certeza que corro por que gosto e não só para manter a forma e emagrecer , apesar de uma dose de trabalho (deixar de sair com os amigos por que tinha treino logo cedo, acordar cedo aos domingos para fazer treinos longos e outros) , posso dizer que hoje correr é uma forma diferente de me divertir. E pode parecer piegas o que vou dizer mais a corrida é como a vida você dá um passo de cada vez acreditando que tudo será diferente e expulsando as dúvidas e os medos da mente e por fim alcançando os objetivos.

Indicação : Tribus Adventure (treinadores BernardoTillman e Suyane Freitas)
http://www.tribusadventure.com.br/



Nem tudo é mentira.

sábado, julho 17, 2010

Psiquiatrização da vida cotidiana

Trocando idéia através de uma rede social com um amigo , disse que fiquei assustada em saber que mau humor e rabugice , em casos crônicos são classificados como uma doença chamada distimia. Ele logo respondeu de uma forma carinhosa e sempre direta que nos dias de hoje” ... toda tristeza virou depressão, agitação virou hiperatividade, disciplina virou TOC , timidez virou fobia social e por aí vamos medicalizando a vida...”


O que me fez pensar que diante tantas descrições de transtornos mentais e comportamentais nenhum de nós sairia ileso de quaisquer dignósticos de problemas mentais , assim como na obra o Alienista , de Machado de Assis , onde o personagem principal o psquiatra Simão Bacamarte , resolve achar que todos na Vila de Itaguaí são loucos e interna toda a cidade no seu hospício chamado Casa Verde, para depois perceber que não consegue curar ninguém por que essas pessoas não tem patologia nenhuma ou melhor que os vermes do desiquilibrio prosperam sobre elas , chegando a conclusão de que só ele Simão é a única pessoa equilibrada da Vila e resolve então internar-se no seu próprio hospício , ora como médico e paciente.

E a ficcção futurista de Machado de Assis parece estar cada vez mais próxima da nossa realidade já que hoje em dia as coisas comuns do cotidiano , os antigos hábitos, manias, supertisções ou qualquer característica peculiar ao ser humano são consideradas patologias e qualquer desavisado pode entrar na onda de um Simão Bacamarte e ganhar um rótulo ou diagnóstico e o que pior um punhado de comprimidos nos bolsos, como também disse meu amigo.

Contrariando a teoria Machadiana de Simão Bacamarte que dizia : “...loucura e a razão estão perfeitamente delimitadas. Sabe-se onde uma acaba e onde a outra começa. Para que transpor a cerca?...”

Acho assutador a psiquiatrização da vida contemporânea e principalmente o que se tem por trás dela que é a indústria farmacêutica que aproveita-se ou melhor impulsiona a psquiatria que antes buscava junto com a psicanalise saber o por que do mal estar de nossas existências , antes de prescrever quaisquer medicação sucumbiu ao poderio dessa indústria que usa seu poder de markenting não só para a população leiga como eu , mas para os próprios médicos na descoberta de remédios que cura qualquer mal estar psíquico.

O que faz remeter novamente ao texto do Alienista e finalizar essa breve crônica , onde a blogueira nada entende de psiquiatria e psicanálise por que não pretende transpor a cerca, e prefere citar mais um personagem do livro o barbeiro Porfírio que fez um verisnho para o médico Simão ; “... que sugere que tanto a razão quanto a loucura são usadas pelo poder, dependendo de seu interesse...”

DICA : ALIENISTA – MACHADO DE ASSIS – EDITORA L&PM



NEM TUDO É MENTIRA.

segunda-feira, julho 12, 2010

Adios Bafanas!

Para uma grande maioria a Copa do Mundo é torcer para o Brasil ser mais uma vez campeão do mundo e ai colocar pra fora através de onze guerreiros todo seu complexo de inferioridade e poder abrir a boca pra dizer que nós sim somos o país do futebol , mas não foi desta vez e o título foi para uma seleção de um país rachado , em que os catalães brigam pela autonomia, mas que ontem se uniu em um grito uníssono de campeão do mundo. Ainda que, não foi o espetáculo que gostaríamos de ver numa final de Copa do Mundo, embora eu ache que terminar uma Copa sem gols e nos penaltis é pior.


O que importa é que a primeira Copa no continente africano deixa saudades pelos seus bons jogos e bons jogadores , sem jogadores brilhantes e de estrelas consagradas (Kaká, Messi e Cristiano Ronaldo) que deixaram a desejar , marcou pelos estádios modernos e bonitos e espero não se tornem elefantes brancos.

Marcante também a presença da figura lendária e admirável de Nelson Mandela , que sem ele esse evento nunca seria realizado em nenhum país de continente africano , ainda mais na África do Sul de um povo massacrado pelo segregacionismo racial durante anos que deve a esse líder a sua libertação.

Deixa saudades a imagens em torno dos estádios e nos gramados , fantásticas num verdadeiro show de tecnologia para o telespectador e um tormento para os árbitros , que por sinal foram um dos pontos negativos da festa pelos erros grotescos cometidos. E na disputa fora do gramado não poderíamos deixar de falar no carismático fanfarrão Diego Maradona , que protagonizou cenas engraçadas à beira do campo e nas entrevistas coletivas , onde soltava piadas e sorria a cada holofote de um câmera, num verdadeiro show de simpatia , bem diferente do nosso ranzinza Dunga, que na verdadeira estória infantil era o mais simpático dos anões , mas isso foi de um a outra era.

Entre outros destaques para a OFF- Copa , não poderíamos de citar o molusco mais conhecido do planeta e que virou o profeta da competição o Polvo Paul , que diferente de muitas seleções teve aproveitamento 100%, acertando todos os jogos perguntados.

Mas o que é bom dura pouco , só 30 (trinta) dias e só acontece a cada 4 (quatro) anos só nos resta nos despedir dos bafanas e tirar o time de campo e o tapa ouvido também esperando que no Brasil possamos ouvir o canto de nossa torcida sem a insuportável vuvuzela e fazer a bola rolar diferente da jabulani.
  E que venha 2014.

segunda-feira, julho 05, 2010

A crônica esportiva vira policial

Não é novidade para ninguém que a realidade da maioria dos jovens que jogam futebol em categorias de base , são meninos vindo de comunidades carentes e que passam por privações e até mesmo fome. E que o sonho de sua maioria é ser reconhecido e contratado por algum time grande e seguindo passos de seus ídolos , conseguirem até mesmo contratos em clubes estrangeiros. Passando assim, da infância pobre e desnutrida meteoricamente para uma vida de riqueza , luxos e fama .
O fato é que a maioria desses atletas , que tem seus valores sociais , culturais e emocionais arraigados nas comunidades onde nasceram e que não tem condições ou melhor estrutura emocional para  suportar uma mudança de vida tão abrupta, onde antes tudo lhe era negado , passou a ser permitido , uma permissão ilimitada.
O que gera a falta de discernimento e uma onipotência em pensar que se pode fazer tudo , visto que se acha como diz Barak Obama : O Cara.. Esquecem ou melhor não sabem discernir o certo do errado o que provoca os envolvimento cada vez mais desses jogadores em casos policiais , veja o caso atual do goleiro Bruno do Flamengo , envolvido em acusações de ameaças , cárcere privado e suspeita de assassinato.
Não acredito que o meio social determinar omportamentos como estes , o que se pode somente é influenciar devido a falta de estrutura emocional , visto que na maioria que sentem-se isolados ou sozinhos e o antigo "habitat" que procuram para buscar apoio , mas muitas vezes caem em arapucas e são apoiados por pessoas que não estão mas no caminho do bem e em geral estão envolvidas com tráfico ou quaisquer outra atividade ilícitas e aproveitam-se da fama do antigo amigo.
O pior é saber que esses jogadores nem mesmo percebem da responsabilidade que tem junto a sociedade , principalmente por serem ídolos na maioria de crianças , que se espelham no comportamento deles , tão visado pela mídia .Ao invés de transformarem sua história de vida difícil em exemplo e orgulho de estarem ajudando a família, e a comunidades onde residiram.
De forma, enquanto não houver uma estrutura psicológica ou  uma construção desta, nesses atletas , as manchetes de páginas policiais vão continuar a serem frequentadas por jogadores de futebol.
NEM TUDO É MENTIRA.

sábado, julho 03, 2010

Crônica de erros anunciados



CRÔNICAS DE ERROS ANUNCIADOS





Não era novidade para ninguém a falta de opção do banco de reservas na seleção, já que as opiniões contrárias a convocação foram inúmeras. E a falta de controle emocional do técnico Dunga, que tinha como homem de confiança ou não menos descontrolado Felipe Mello , seria novidade se os dois conseguissem não trair-se pelos nervos.

O pior foi a desculpa utilizada na convocação contrariando ao clamor popular de convocar o Ganso e companhia de não estarem amadurecidos .A Alemanha e seus garotos que o digam ou melhor a Argentina que o diga. Mas também pergunto o Felipe está mais amadurecido que os garotos do Santos?

Sabia-se da falta de cérebro no meio de campo brasileiro que dependia do Kaká , mas o que fez este jogador recuperando-se de uma lesão , não jogando nem os dez por cento do dízimo que deixa para sua igreja e sentindo sim o peso de usar a camisa número dez e que é pior entrou na onda do seu descontrolado treinador e deixou-se dominar também pelos nervos nessa Copa.

Nem mesmo nas laterais , logo nelas onde temos uma tradição no nosso futebol, tínhamos um homem que honrasse vestir a camisa da seleção. O que vimos foi um aloprado lateral direita que fez a honra de ser comparado fisicamente ao ator da Louca Academia de Polícia . me pergunto se não era ele lá interpretando Michel Bastos.

Ainda me impressionou a forma covarde em afirmar que a responsabilidade era de todos , não só dele . Ora Bolas, digníssimo ex-treinador agora só eu que lhe digo em tom alto nessa pequena crônica , Covarde! Assuma os seus erros por que ninguém vai lembrar os resultados de Copa América e Confederações e muito menos se os cinqüenta e um dias de confinamento do seu “grupo” foram de calma e harmonia . Mas não foi isso que vimos no segundo tempo de Brasil e Holanda . Como você mesmo falou ; “ ..Não conseguimos manter o mesmo nível de concentração no segundo tempo e foi fatal..” Pergunto novamente pra que serviu toda a reclusão da sua equipe , por que ela não era a nossa. Pois a nossa equipe “ Seleção Brasileira” , não joga este futebol, sem graça e sem talento, pragmático e cartesiano (Ufa!) e sim o futebol arte que encanta o mundo e todos nós torcedores.

Nem tudo é mentira.

terça-feira, junho 29, 2010

Cartão Vermelho, Seu Juiz.

Na primeira e talvez a melhor partida das oitavas de final Copa do Mundo entre Alemanha e Inglaterra , em que venciam os alemães pelo placar de 2 a 1 , quando um chute forte dos ingleses bate na trave e entra 33 centímetros para dentro do gol e sai de lá direto para as mãos dos goleiro. Quando gritava pelo empate , minha voz emudeceu diante do tento não validado pelo juiz do jogo , um uruguaio de nome de Larrionda. Mal pude acreditar.


E no mesmo dia , na outra chave das oitavas de finais , qual não surpresa um gol dessa vez marcado pelo atacante Tevez da Argentina , em completo impedimento e o que é pior mostrada pelo telão do estádio , deixando os mexicanos loucos com a injustiça que cooperou que eles fossem embora mais cedo para casa. Não que eu ache que ganhariam a partida.

O que tirou as partidas que deveriam ser o foco pela grandeza do futebol das seleções até agora apresentadas foram apagadas pelos erros grotescos dos juízes das partidas que segundo a Fifa são gabaritados para apitar partida de Copa do Mundo. E o que é pior não ganham um cartão vermelho dessa entidade.

O que nos faz refletir e mais ficar pensando senão seria o caso de contar com o recursos eletrônicos para evitar injustiças como essas no futebol. O que não era cabível de discussão entre os membros da FIFA , que antes da Copa afirmaram que um dos motivos para deixarem de usar a tecnologia seria pela universalidade do futebol e por ser o futebol um esporte dinâmico, a necessidade de parar a partida a todos os momentos para elucidar dúvidas quebraria o ritmo de jogo e este ficaria monótono com tantas interrupções.

Além de que para alguns a utilização desses recursos podem acabar com a magia e polêmica do futebol , que segundo os puristas do futebol envolvem também a discussão sobre os erros de arbitragem e que os torcedores adoram debater sobre os incidentes da partida.

O fato que, com os erros gritantes e desconcertantes da arbitragem na Copa essa polêmica voltou à tona com força total e espero que a Fifa descida se pode ou não continuar sem a ajuda de olhos mecânicos ou de uma outra solução , pois também não podemos esperar quatro anos para ver o maior evento futebolístico e darmos de encontro com cenas vergonhas assistidas , em quem devia levar o cartão vermelho era o juiz e assistentes da partida.

Nem tudo é mentira.

sábado, junho 26, 2010

A pátria nas chuteiras estrangeiras


Impressionante o aumento do número de jogadores que mudam de nacionalidade só para jogar na Copa do Mundo ou seja das 32 seleções disputando a Copa, vinte quatro delas  possuem jogadores “ estrangeiros , somente 8 (oito)  seleções , dentre elas, o Brasil. Uruguai, Espanha, África do Sul, Inglaterra , Eslováquia e Eslovênia , não fazem parte desse seleto grupo.


O caso é tão curioso é que na seleção da Argélia , que tem de 15 a 17 de seus jogadores nascidos na França , sua colonizadora e que o pior se naturalizaram argelinos somente após o país africano ter conseguido a classificação na Copa do Mundo e muitos destes só vestiram a camisa da seleção argelina em jogos oficiais durante a Copa. Se pensarmos assim , a nossa vingança nas duas derrotas de 1998 e 2006 em face a França , foi também dupla , pois suas duas seleções foram eliminadas da Copa , logo na primeira fase.

Diferentemente dos clubes que podem comprar quaisquer jogadores e transformar suas equipes em  mais fortes do que quaisquer seleções , os países dão passaportes a estrangeiros com uma chance de se destacar no cenário futebolístico internacional, e esses atletas utilizam-se do melhor cenário que a Copa do Mundo para conseguir contratos milionários em clubes de preferência europeus.

Desvalorizando com isso a Copa do Mundo e principalmente pela descaracterização e pela perda da identidade das seleções nacionais que não brigam mais pela hegemonia nacional , exemplo este estamos assistindo a do Mundo quando a legião européia de estrangeiros nem ultrapassou a primeira fase da Copa ou joga um futebol de baixíssima qualidade , enquanto todas seleções da América , exceto a estreante Honduras , ainda brigam pelo título.

Preocupação esta que faz o presidente da Fifa Joseph Blatter pensar em restringir o número de jogadores naturalizados , o que com certeza vai gerar uma empecilho no princípio da livre circulação da União Européia ,mas acho que pelo menos irá fortalecer as seleções e principalmente dar força as ligas nacionais da África, Ásia e América do Sul , que é maior vítima da saída precoce de jogadores, , onde o Brasil é um grande exportador e quem sabe na Copa de 2014 , realizada aqui , teremos a metade dos jogadores vindos do Brasil, seguido de outros exportadores como Alemanha, França e Argentina.

• DICA : para quem nunca leu o Livro Pátria de Chuteiras , novas crônicas de futebol do dramaturgo Nelson Rodrigues.

quinta-feira, junho 24, 2010

Au revoir - Domenech


Ainda no tema Copa do Mundo e sobre os comportamentos dos técnicos de futebol , escrevo hoje sobre o  do nariz empinado técnico da seleção  francesa Raymond Domenech , que após ter perdido a partida para a fraca "bafana bafana" ou seleção sul africana ,  que despachou os franceses ainda na primeira fase para casa. O que não foi o pior vexame para os franceses , mas sim a falta de educação do senhor Domenech que recusou-se a apertar a mão do treinador adversário , no caso o brasileiro Carlos Alberto Parreira , conhecido pela sua cordialidade . E o que é pior acusou o professor Parreira de ter dito que a " França não merecia estar na Copa" , que em nenhum momento lembra-se de ter proferio tais palavras . Lamentando-se do episódio e também cutucando o francês com as seguintes palavras : "Ficou provada a razão de ele [Domenech] estar do jeito que está no seu país. Há razões suficientes para isso, que provam o motivo de não ser querido lá."
Para quem não sabe a  eliminação francesa vem sendo anunciada desde a crise que afeta a equipe nas eliminatórias da Copa , pelos desentendimentos entre a comissão técnica e seus jogadores que agravaram-se pelo destempero e falta de liderança , deste senhor  Domenech, o que gerou motins e greves nos treinos técnicos , expulsão de jogador desrespeitoso e pedido de demissão de dirigente comissão técnica francesa, o que reza lenda liderados pelo ex-jogador e ídolo  Zinedine Zidane.
E mesmo com todo o circo armado o francês assitia a tudo com ar de superioridade e indiferença o caos instalado na sua equipe e disparando na frente de todos os técnicos votos para ser eleito o mais antipático da Copa , que teve a votação encerrada quando recusou-se an frente de câmeras do mundo a apertar a mão de um colega de profissão , pelo jeito decidido a não compartilhar seu consagrado azedume com ninguém.
Au revoir franceses e Domenech

Flair play Dunga


Sou fã de futebol e toda Copa do Mundo deixo meu registro no Nem tudo é mentira sobre os acontecimentos do maior evento futebolístico do mundo, que infelizmente tem me encantado muito pouco , devido a baixa qualidade técnica das seleções , pela falta de motivação dos jogadores , pela péssima arbitragem e pelo descontrole dos técnicos de futebol , que a meu ver necessitam de um psicológo não só para seus jogadores , mas sim mas eles técnicos , que deram show essa semana de histeria , não é a tóa que estão sendo chamados de neuratécnicos.
Foi lamentável , que depois de uma incontestável vitória do Brasil sobre a Costa do Marfim, que o nosso treinador utiliza-se do seu cargo para proferir primeiramente palavrões ao juiz da partida e para a maior estrela do time adversário o jogador Drogbar. Posteriormente ofender em entrevista coletiva um profissional do jornalismo , com palavras de baixo nível. Inadmissível ver que um ex jogador , campeão mundial e que está no comando da seleção considerada um patrimônio nacional , não esteja acostumado com a pressão que o mundial só aumenta.
Inacreditável é ouvir as pessoas na rua é acharem ou darem razão ao "Zangado" treinador e ao seu comportamento agressivo e pouco educado , culpando a imprensa pelos seus destemperos. Sabemos que , existem no meio jornalístico, profissionais despreparados o que não justifica numa entrevista coletiva o treinador ofender o outro e o que é pior  dissimuladamente , talvez  fosse mais corajoso ,falar alto no microfone para que todos ouvissem suas ofensas, caso tenha sentindo-se  tão ofendido com uma discordância de suas atitudes pelo répórter
As pessoas como no caso do Dunga deveriam ter mais controle sobre sua agressividade , pois ela é um pressuposto para convivência , quem não sabe fazer isso  quando é contrariado , deve ser punido pelos excessos de destemperos, regras existem para isso.
No mais torço para nossa seleção , reconhecendo o trabalho de coesão do grupo feito pelo treinador , mas friso que a qualidade técnica dos nossos jogadores é superior a isso e é com ela que ganhamos os jogos , por tanto continuo a torcer para a nossa seleção , pelo " fair play" (jogo limpo) e pela boa educação.
Nem tudo é mentira.

terça-feira, junho 01, 2010

Pergunto?

Começo a crônica perguntando : Por que as mulheres sempre buscam motivos   para o término de suas relações amorosas? E o que pior justificam-se os seus próprios erros e apontam somente o do parceiro. Desejam saber a opinião sas pessoas mais próximas (parentes e amigos ) e nem tão próximos a fim de saber o que acham da versão do seu término de relação.
O engraçado é que o incessante questionamento sobre o assunto , não tem classe social, nível cultural ou qualquer outro fator , pois é unânime a dúvida das mulheres , para o fim do amor ou da relação amorosa, quem muitas vezes nem mais amorosa. Mas sendo a "unamidade burra" , conforme frase do dramaturgo Nelson Rodrigues, só nos resta saudar aos homens , nesse quesito , pois percebem quanta perda de tempo elocubrar sobre o fim da relação e agem de forma mais objetiva , pondo um ponto final na história, sem precisar explanar seus sentimentos ou dores ao mundo.
Pensei em escrever esse texto quando visitei há seis meses atrás a exposição da artista plástica contemporânea Sophie Calle, que realizou uma instigante exposição sobre o amor e a intimidade , quando a artista repassou o e-mail recebido do seu ex- parceiro colocando um ponto final na relação de ambos , a 107 mulheres de diferentes profissões , para que estas opinasse a respeito sobre fim de seu namoro o que acabou virando uma exposição mundial e uma super exposição pessoal. Me levando a saber o por que desse questionamento . Não seria mais fácil a aceitação? Agora tão curiosa como Sophie pergunto os motivos das mulheres explanarem sua mágoa, dor , amor , desamor do fim de uma relação?
a) consolo
b) vingança
c) dor de cotovelo
d) frustração
e) tristeza
f) outros
g) todas as alternativas abaixo.


NEM tudo é mentira.

terça-feira, janeiro 05, 2010

Salve Simpatia


Na volta do trabalho peguei um ônibus mais confortável, mais caro que os comuns e com ar condicionado ( apelidado de frescão para quem não é carioca ) . Sentei na única poltrona vaga , ao lado de um sujeito gordinho e engravatado , que me cumprimentou e falou do calor e do trânsito que encontrava-se parado na Avenida Rio Branco até a altura do Aterro do Flamengo. Respondi educadamente e tirei um livro da bolsa. Antes de abrir o meu livro o estranho perguntou se eu gostava de Clarice Lispector respondi que sim e ele então falou do lançamento da biografia da escritora , pelo autor americano residente na Holanda Bejamim Moser , intitulada de Clarice. O que me fez prestar atenção no estranho que me informando disso tudo , confidenciou que não lia a Autora desde o tempo de faculdade e o que é pior andava lendo muito pouco devido o excesso de trabalho , que lhe tomava a maior parte do seu tempo, me disse ser sócio de uma firma de engenharia. E o que lhe restava aproveitava para curtir sua mulher e dois filhos pequenos.

O trânsito continuava andando lento foi o tempo que eu e o estranho conversamos sobre família, ele filhos , entre outros assuntos tão interessantes como Clarice, chegamos até dar gargalhadas juntos. Até que chegou a hora dele descer no ponto, ele agradeceu pela boa conversa e pela minha simpatia , retribui os elogios e me disse seu nome aproveitei e falei o meu . O sujeito então se despediu com dois beijinhos no rosto. Neste mesmo instante olhei ao redor e vi que nas cadeiras ao lado duas senhoras se cutucando , olhando em nossa direção. Um homem mais a frente que não parava de virar para trás enquanto a viagem prosseguia , deu um sorriso malicioso quando viu Alberto , esse era o nome do meu companheiro de viagem e de boa conversa , saltar do ônibus.

De repente , senti que olhares voltavam-se a mim e me fizeram por uns minutos me sentir marginalizada por ter apenas conversada animadamente com um estranho , alguem que provavelmente nunca mais vou ver , embora em nenhum momento tenha sido o motivo do papo fluir . Parei por uns instantes e olhei para cada um daqueles rostos que me discriminavam e pensei : " Do jeito que as coisas estão daqui a pouco vão proibir a conversa em público entre estranhos e provavelmente vão proibir as pessoas serem cordiais e simpáticas uma com as outras. Mas se esse mundo existir algum dia prefeiro já ter partido cantando " Salve Simpatia "

dica : do livro "Clarice " Moser, Benjamin , editora Cosac e Nayfi.