quarta-feira, fevereiro 12, 2014

ALÔ ALÔ MARCIANO

Alô , alô Marciano...


                                 Depois de anos de luta em prol da liberdade de expressão  é de se envergonhar de assistir e ler a manipulação que a imprensa brasileira faz no caso da morte do cinegrafista Santiago, para quem acredita digo: “ Que Deus o tenha.” E toda minha solidariedade para a família desse.
                        Acusações infundadas a homens públicos e partidos políticos que supostamente financiam arruaças nas manifestações, que embora hoje não as mais frequento , por achar que inúmeras distorções e discursos legítimos misturam-se a outros fascistas, raivosos o que trouxe um recrudescimento de todos os lados.
                        E a imprensa dotada desde do início de um imperialismo atroz chama de vândalos os manifestantes sejam estes ou não , enquanto os europeus vândalos ou não continuam ser chamados de manifestantes. Obviamente , que a temida televisão que constrói e descontrói presidentes , sabe perfeitamente que dizimar a fórmula para dizimar  as manifestações é exatamente desmoralizá-la na linguagem  da violência. Um meio muito mais fácil de quebrar o dialogo que poderia existir entre as instituições. Simples assim.
                        As tentativas forma grandes de junho do ano passado pra cá , mas havia um ponto de resistência contra essas iniquidades e que abria a participação das ruas ao debate e que não deixava o movimento de conscientização ruir ou como disse o antropólogo Luis Eduardo Soares : “que a energia precipitada em junho não pode perder-se no ralo dos guetos e da dramaturgia antiquada, previsível e essencialmente conservadora da violência”
                        Exatamente por motivos acima que aproveitando-se da infeliz morte de “Santiago” para utilizar-se do seu poder para denegrir a imagem de quem prega tudo isso o deputado Marcelo Freixo , que muito antes de mandatos parlamentares sempre plantou a semente da probidade que incomoda quem realmente quer que as coisas fiquem como está, mesmo que tenha que macular honra de homens sérios e atropele a lei da imprensa.
                        Vergonhoso, que grite a imprensa e a classe jornalística que o ocorrido da semana , seja chamado de assassinato , a pergunta é quando ocorreu mortes anteriores em manifestações de inocentes por não manifestantes e pela própria polícia a mídia não deu destaque em suas manchetes e quase toda a pauta do seu jornal pra isso.
                        O momento é confuso , mas a reflexão é necessária para que não sejamos induzidos ao erro, onde o inimigo vermelho agora  veste-se de preto e qual querem associar lideranças a este. E principalmente para que não percamos o discernimento.
                       


                        NEM TUDO É MENTIRA