quarta-feira, maio 23, 2012

TV Copacabana



       Quase todos os dias, corro no fim de tarde na orla de Copacabana  e me choquei quando vi jogada no meio do calçadão, uma televisão antiga,aliás bem antiga ,  acho eu  uma das primeiras coloridas. 
         Curiosa olhei para os lados  , procurando o dono do aparelho ali largado e nada , via apenas os transeuntes desvairem o caminho , a fim de não esbarrar no enorme objeto , outros como eu paravam também a observavam com curiosidade.
           Como não vi ninguém , reiniciei meu exercício até a praia do leme , curtindo a mais bonita orla da cidade e seu diversificado público , que mora ou frequenta o bairro, na  volta  para casa reparei que a televisão continuava lá. Mas sem saber direito o que fazer segui caminho.  
                Na manhã seguinte  acordei pensando sem parar na cena do dia anterior e fui novamente ao calçadão e vi que o aparelho continuava lá no mesmo "bat" local , sem ao menos ter sido afastado ou colocado junto a lixeira mais próximo. 
                     Um dos barraqueiros de praia , lendo meus pensamentos , se aproximou de mim e disse:
                        _ Isso é assim mesmo, dona. Daqui a pouco o lixo passa e recolhe." 
                     Perguntei quantos dias demoraria para recolher , o homem me respondeu , que no máximo de dois dias, respondi ironicamente:
                     _  Simples assim.
                  O sujeito ficou me olhando sem anda entender o meu devaneio , vendo que estava tomando tempo dele . E ele embora tendo pausados eu serviço para satisfazer minha curiosidade  estava é entretido em carregar  bebida e gelo e colocar no isopor da sua barraca na praia , do que ficar de prosa com a blogueira curiosa. 
                  Me despedi do sujeito e fui embora, não sei se chateada pela falta de consciência de quem largou o aparelho de televisão defeituoso no meu da rua , pelos motivos que sejam ou sei se nostálgica com o que vi ou com que não assisti nas lentes daquela televisão e que viram da antiga Copacabana o que eu não vivi, na sua belle époque.




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segunda-feira, maio 14, 2012

Suicídio Virtual




Suicídio – significado : “ Dar morte a  si mesmo; matar-se. Figurado : Causar a sua própria ruína.

Suicido virtual –significado : dar morte a si mesmo em toda a e qualquer rede social que faça parte ou seja o internauta.

         Não sou fã de nenhuma dessas práticas, a primeira por que adoro a vida e por mais problemas ou dificuldades que tenham sou daquele tipo clichê : A vida é bela, sim senhor e  a morte para mim é um mistério.
         Até pouco tempo, não entendia o que era o suicídio virtual e quando soube o que era , prestei atenção no que algumas pessoas nas redes sociais falavam sobre o assunto e ameaçavam o tempo cometer esta tão radical medida. Os motivos eram os seguintes , veja o  seu e marque a alternativa correta :

a) - Não quero ninguém mais sabendo da minha vida. 
b) - Quero ser novamente surpreendido.
c) - Desejo ter um encontro casual
d) - Sinto saudades do contato visual, carnal e da surpresa
e) Todas as alternativas acima estão corretas
f) Nenhuma das alternativas acima ( se tiver opções escreva nos comentários)

            Ainda com as alternativas acima, continuo achando o suicídio virtual um radicalismo,vou tentar dar soluções para ele. Vejamos a primeira hipótese por exemplo: Se você não quer que ninguém saiba da sua vida , não poste mais nada, nem mesmo bom dia , podem haver interpretações do seu estado de humor e ai já viu.
         No que se refere a surpresa , pare de fuçar o post alheio e se não quiser saber de nada bloqueie, exclua, não siga a pessoa , a qual você quer ser surpreendido. Conseqüentemente teremos a resposta da alternativa seguinte e quem sabe se o universo conspirar a favor vocês que freqüentam os mesmos lugares e tem vários conhecidos em comum possam assim se encontrar. Fica a sugestão.
         A saudade do contato visual , carnal também fica a seu critério, que se não passasse tanto tempo vagando pela tela do computador e colocasse um poucos mais a cara na rua, poderia ter muitos mais do que isso.
         Agora , se as soluções acima não foram satisfatórias para você e você ainda continua preso, inclusive lendo esta crônica, na super teia do homem-aranha e continua achando que sua vida virtual não vai ter jeito : Mate-se.
         Inclusive  para os candidatos a suicidas existe hoje a maquina de Suicídio (Web 2.0 Suicide Machine), um programa que ajuda os internautas a desconectarem de uma única vez só de todas as redes sociais que este participa como :    como Facebook, MySpace, Twitter e LinkedIn. Só procurar na rede , por que a tal “ máquina” tornou-se bastante popular e que já tem até fila de espera com a seguinte propaganda : “Morra no mundo virtual para aproveitar melhor a vida real”.  
O inventor da máquina ou senhor morte alerta para que todos pensem bem antes de praticar : “ A ressurreição é impossível”. Parece que nem mesmo Jesus Cristo conseguiria e  também receberia um cyber memorial : “RIP, 2.0. We'll miss you” ("Descansa em Paz, 2.0. Sentiremos a tua falta").

NEM TUDO É MENTIRA


terça-feira, maio 08, 2012

Posição fetal




 Tenho uma amiga que mora longe do trabalho ou o trabalho dela é muito longe, que só consegue saber das notícias lendo o jornal no ônibus , pois em casa a atenção a filha e ao marido tornam isso missão impossível.
Posso dizer que a minha amiga é uma exceção nos transportes públicos , já que a maioria que resolve passar seu tempo checando ou enviando mensagens no celular, com a mão curvada , como se fosse numa posição fetal e os dedos em movimento e as caretas compenetradas, por sabe se lá o que estão lendo ou digitando.
O velho livro ou o jornal eram os acompanhantes preferidos para passar o tempo dentro do ônibus ou no metrô, a quantidade de pessoas que eu antigamente via entrertidas nos seus livros era bastante grande e hoje chego a contar nos dedos quem está com um livro de literatura. E quando acho que encontrei algum sujeito lendo algo , muitas vezes me engano e vejo que algum estudante ou universitário com certeza estudando na véspera da prova ou no dia sei lá. Velhos tempos , em que tinha como diversão além da minha própria leitura descobrir o que os outros estavam lendo , cheguei muitas vezes sentar ao lado da pessoa  e perguntar se o livro era bom (cara de pau), alguns simpáticos desenvolviam uma conversa outros resmungavam um sim ou não e voltavam a leitura e eu a minha insignificância e ao meu próprio livro ou jornal.

Embora sempre carregue meu livro na bolsa , agora mesmo parei de ler o meu Philip Roth, meu autor da vez ,para completar esse post e colocar minhas mãos na posição fetal do momento e digitar sem parar o fim da crônica, que escrevi toda dentro de um mega engarrafamento do meu telefone, pela primeira vez 

Nem tudo é mentira

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