terça-feira, novembro 27, 2012

Você sabe com quem está falando?


                 

  No Brasil se tem o péssimo costume de se achar melhor que as outros. Antes eu achava que era só na classe dominante, mas já vi que não, basta o sujeito melhorar um pouco de vida e puder levar a família a um restaurante melhor do que aquela churrascaria a quilo , que costumava ir ao s domingos  para mudar sua postura.
                   Repare no trato desse cidadão com o garçom, muitas vezes é tão ruim quanto ao atendimento recebido , mas o “cliente” sempre cheio de razão não pode ser contrariado , mesmo expondo toda a sua grosseria e falta de educação , que para este esta inclusa no serviço.
                O mais engraçado disso tudo que estes, chamados antes da classe dominada criticavam os “pseudos aristocratas “ de serem destratados , isso quando eram realmente tratados por eles. E hoje repetem a mesma e feia cartilha do desprezo.
                   A elite brasileira em restaurantes ou locais de atendimento ao público finge que você não existe ou quando olha para você ultrapassa o seu corpo, em uma visão além do raio x. Há exceções, principalmente quando se quer conseguir uma mesa no melhor lugar do restaurante ,a vaga do carro na frente da boate, a suíte presidencial reservada. Nesse casos , você pode até tocar nas pontas de seus dedos misturados a notas de dinheiro e com muita sorte um breve tapinha nas costas de um suposto agradecimento.
                   A cultura colonial, perpetua-se no Brasil  mesmo com o dinheiro mudando de mãos . Você pode ouvir frases ultrapassadas e que no passado remoto trouxeram impacto, para os dominados como :
                         “ Você sabe, com  quem está falando ?”
                         “ Você sabe de quem eu sou filho?
Ora, gente como essa eu nem preciso saber mesmo quem é ? O que faz? E muito menos saber sua árvore genealógica?
O mais engraçado e que em  alguns lugares do mundo as classes se diferenciam por conhecimento ou por tentar não demonstrar sua nobreza e  riqueza. Aqui no Brasil a elite  é exatamente ao contrário , eles realmente não só querem aparecer como serem únicos, diferentes , exclusivos e há alguns que nem mesmo gostam de viver aqui, numa breve persistência do pensamento Casa Grande e Senzala doutrina que se prega há mais de 500 anos e que continua a ser repetida pelos novos integrantes.

NEM TUDO É MENTIRA

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