quinta-feira, junho 07, 2012

Seja o Pinóquio.

          
                Um amigo me perguntou o motivo de o logotipo do meu blog ser o Pinóquio , eu respondi que acho genial a história  do carpinteiro Gepeto que sonhava em ter um filho e cria um boneco de madeira , que cada vez que mentia seu nariz crescia e que tinha um desejo de ser um menino de verdade.    
              As aventuras de  Pinóquio, o título original do livro de Carlos Collodi , foi um livro realmente marcante na minha vida foi um dos primeiros livros que li após aprender a ler nos meus cinco anos de idade. E como nessa época não tinha vídeo cassete li e reli essa história por inúmeras vezes, como quem rebobina a fita, não porém pedia para minha mãe ler o livro de novo para mim.
                   Não eram faltas de oferta de livros , meus pais nessa aspecto eram generosos e não mediam esforços para compra de livros ou qualquer coisa que acrescentasse na nossa cultura , minha e do meu irmão.
                   Cheguei até mesmo acreditar que meu nariz pudesse crescer, caso mentisse. Acho que foi  a primeira grande farsa em que cai na vida . Como uma história poderia ser verdadeira se ela mesma era mentirosa? É certo que se deve ensinar as crianças a não mentir, mas contando uma mentira. É honesto?Ou o nariz cresce quando se mente?   Se fosse assim Brasília hoje se chamaria Narigália.
E os personagens coadjuvantes como o : Grilo Falante . Um bichinho magrelo , elegante e engraçado se metendo nas maiores encrencas para ajudar o boneco teimoso, servindo assim de seu conselheiro. Na tenra imaginação infantil , seria difícil traduzir , que o verde inseto ,nada mais , era do que a nossa própria consciência. Algo que embora exista dentro de todos , nem sempre é ouvido.
                   Sem contar, o Gepetto que sonhou algum dia ter um filho e por algo oculto na história que não foi explicado : Estéril? Gay? Impotente? A última hipótese é talvez a mais provável devido a avançada idade que ele fabricou o Pinóquio.
O fato é que o bondoso carpinteiro sofria dos males do mundo atual a malfadada solidão e a vontade de ter uma família , seu desejo foi tão latente que tornou-se realidade, embora antes tivesse que ser engolido até mesmo por uma Baleia . Hoje o dito “ mosntro marinho” na visão do Pinóquio , pode ser traduzido na burocracia ou na burrocracia que impede ou não facilita a adoção de crianças, como se estas não precisassem urgentemente de um lar doce lar.
                   Nessa tradução nada infantil , temos também o desejo do próprio Pinóquio em se tornar um menino de verdade , quem sabe aprender com os erros cometidos e tornar-se uma pessoa melhor. E como em todo o final feliz  seu desejo foi atendido pela “boa fada madrinha”.
                   E como todo bom enredo , tem que ter uma moral da história , faça crescer o menino/menina dentro de você , pois diferente do Pinóquio , nas aventuras da sua própria vida, já que nela nem sempre aparece fadas madrinhas.


Nem Tudo é Mentira.

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Um comentário:

  1. Noemy, achei muito legal essa sua visão do conto de fadas Pinóquio, e da maneira como retratou todo enredo que acompanha os personagens. O primeiro livro sempre é muito marcante para aqueles que amam a leitura. No meu caso, um livro da obra de Monteiro Lobato, foi que me encantou e me direcionou para a grande paixão que tenho pelos livros...
    Um grande beijo

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