quinta-feira, abril 19, 2012

Parem de morrer


No mesmo dia que li a frase : “ Parem de morrer...”, no post de um conhecido no facebook , soube da morte do diretor de cinema e também um dos mentores do cinema novo : Paulo César Saraceni  , junto com Glauber Rocha , Nelson Pereira dos Santos entre outros.
Para quem não conhece a obra do cineasta que dirigiu e recebeu prêmios pela Casa Assassinada e pelo O Viajante , entre outros conhecido e reconhecido por Bunuel e Bertolucci. E pela frase “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”, que embora atribuída a Glauber Rocha , há quem afirme ser de Saraceni.
Não fazia um mês que havia partido o não menos incrível Millôr Fernandes , que para uns conhecido apenas como desenhista ou cartunista , devido a suas incríveis charges , tinha outro talentos como humorista , dramaturgo , jornalista e tradutor ou como mesmo disse : “ Enfim um escritor sem estilo”.
E ainda circulando com sua foice afiada a morte no dia em que completei 40 anos de idade , no dia 23 de março partiu sem deixar sorriso um dos maiores atores / humoristas que o país já teve : Chico Anysio.
A versatilidade do humorista era incrível e arrancou gargalhadas do público e telespectadores por gerações com a criação de mais de 200 personagens. Onde manteve uma postura crítica sem limites quando provocou a ditadura militar, burlando a limitada e burra censura, criticou os políticos e o coronelismo, a roubalheira e tantas outras vergonhas nacionais.
E na época do politicamente correto Chico Anysio , ele foi o rei do incorreto, quando debochou, dos gordos, dos feios, dos burros , dos religiosos , dos homossexuais, dos  colegas de profissão , dos fãs , sem que parecesse pejorativo, embora muitas vezes suas falas e caricaturas fossem pouco sutis, mas com certeza inesquecíveis e insubstituíveis tipos como : Painho, Professor Raimundo, Bozó, Jovem, Alberto Roberto, etc...
Depois de perdas irreparáveis, se há alguém que determina a morte humana é fazer coro com o conhecido e gritar : “PAREM DE MORRER”.

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