domingo, abril 10, 2011

um crime sem prevenção

O massacre cometido na escola Municipal Tasso da Silveira , em Realengo , no Rio de Janeiro , deixou pais e professores apreensivos e estudiosos questionarem sobre a educação , segurança pública e sobre também o fácil acesso as armas , não são o suficientes para explicar o que aconteceu. Um atirador de 23 anos , por motivo fútil entra na sua antiga escola devidamente armado e atira em estudantes de 12 a 14 anos, matando 11 e deixando dezenas feridas.
Um crime , meus caros leitores de de difícil prevenção , que foge completamente ao padrão de violência urbana,  é inexplicável pelos  parâmetros que costuma-se usar para analisar a violência. Até por que o atirador ao que demonstrou os noticiários e a imprensa deixou claro que a motivação do crime foi fruto de sua loucura.
Assim com a tensão instalada após a tragédia , tenta-se apontar culpados , li até mesmo que no Rio de Janeiro , a quantidade de inspetores e porteiro não é suficiente para os colégios. Mas pergunto , que embora tivéssemos o número adequado de profissionais esse crime seria evitado? Não acredito , embora pudesse ser dificultado. O pior é saber que a contratação de funcionários para as referidas funções foi suspensa por suspeitas de estarem loteadas por indicações políticas. Isso , que embora identificável , não pode ser evitado : a corrupção , embora essa não seja o tema central da crônica, não poderia ser apontada.
O que sabemos é que a tensão depois de dessa horrenda chacina foi instalada, não só pela comoção de vermos crianças terem sido assassinadas e pela solidariedade com a dor de quem perdeu seus filho.  Mas também por que a loucura nunca se apresentou com essa face no Brasil.

2 comentários:

  1. muito bom! loucos sempre existiram mas a banalização em torno disso, a falta de respeito e limites das pessoas, acaba dando a "liberdade" pra um indivíduo desses fazer o que fez. é uma tristeza que infelizmente passa fazer parte da vida de todos nós porque não tem como ficar alheio e não sentir uma angústia muito grande ao pensar no ocorrido...

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  2. Muito significativo como o Fantástico ontem, 10/04, insistia em três questões com a garotada e professores: o que vc pensou na hora? você vai poder esquecer? você vai voltar pra escola? Nessas perguntas está embutida a nossa incapacidade para atuar de forma racional durante as tragédias. Precisamos sempre insistir no componente emotivo, desque que não sabemos formular atitudes práticas e determinar ações a serem cumpridas. É claro que na hora do risco, você tem que fugir - sobreviver é uma questão básica. Vai pensar no quê mais? Depois, ninguém esquece uma coisa dessas - o trauma vai perdurar por anos. Porém isso não pode significar o abandono dos seus objetivos e a escola, nesse momento, tem que se tornare um elemento de aglutinação, onde a continuidadade da vida será demonstrada e experimentada. Pois nada disso interessa ao Fantástico - e à toda imprensa, de modo geral. Eles precisam desse componente sentimental, desagregador, do desespero, para estabelecer um vínculo com o resto da população. Mero oportunismo.

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