Alô
, alô Marciano...
Depois de anos de luta em prol da
liberdade de expressão é de se
envergonhar de assistir e ler a manipulação que a imprensa brasileira faz no
caso da morte do cinegrafista Santiago, para quem acredita digo: “ Que Deus o
tenha.” E toda minha solidariedade para a família desse.
Acusações infundadas a homens públicos e
partidos políticos que supostamente financiam arruaças nas manifestações, que embora
hoje não as mais frequento , por achar que inúmeras distorções e discursos legítimos
misturam-se a outros fascistas, raivosos o que trouxe um recrudescimento de
todos os lados.
E a imprensa dotada desde do início de um imperialismo
atroz chama de vândalos os manifestantes sejam estes ou não , enquanto os
europeus vândalos ou não continuam ser chamados de manifestantes. Obviamente ,
que a temida televisão que constrói e descontrói presidentes , sabe perfeitamente
que dizimar a fórmula para dizimar as
manifestações é exatamente desmoralizá-la na linguagem da violência. Um meio muito mais fácil de
quebrar o dialogo que poderia existir entre as instituições. Simples assim.
As tentativas forma grandes de junho do ano
passado pra cá , mas havia um ponto de resistência contra essas iniquidades e
que abria a participação das ruas ao debate e que não deixava o movimento de
conscientização ruir ou como disse o antropólogo Luis Eduardo Soares : “que a energia precipitada em junho não
pode perder-se no ralo dos guetos e da dramaturgia antiquada, previsível e
essencialmente conservadora da violência”
Exatamente por motivos acima que
aproveitando-se da infeliz morte de “Santiago” para utilizar-se do seu poder
para denegrir a imagem de quem prega tudo isso o deputado Marcelo Freixo , que
muito antes de mandatos parlamentares sempre plantou a semente da probidade que
incomoda quem realmente quer que as coisas fiquem como está, mesmo que tenha
que macular honra de homens sérios e atropele a lei da imprensa.
Vergonhoso, que grite a imprensa e a classe jornalística
que o ocorrido da semana , seja chamado de assassinato , a pergunta é quando ocorreu
mortes anteriores em manifestações de inocentes por não manifestantes e pela
própria polícia a mídia não deu destaque em suas manchetes e quase toda a pauta
do seu jornal pra isso.
O momento é confuso , mas a reflexão é
necessária para que não sejamos induzidos ao erro, onde o inimigo vermelho
agora veste-se de preto e qual querem
associar lideranças a este. E principalmente para que não percamos o
discernimento.
NEM TUDO É MENTIRA